Visando resolver o problema do acesso água potável nas comunidades de Luanda, capital da Angola, cinco jovens cientistas africanos criam o projeto “Minha Água, Minha Vida”.
Todos os profissionais que participam do projeto são angolanos. António Adelino Quilala, mestre em química e gestor do projeto; Yonara Tchissola de Freitas, especialista em engenharia do petróleo e supervisora do grupo; Manuela Miguel Filho, enfermeira e coordenadora de higiene e saneamento básico; Diatumua Simão, geofísico e supervisor técnico; e, por fim, Manuel Fonseca, técnico de petroquímica.
Em entrevista a um jornal local, Yonara Tchissola explicou como surgiu a ideia de criação do biofiltro, que é uma das principais pesquisas do
centro Química Verde LAB, em Luanda.
centro Química Verde LAB, em Luanda.
“Atendendo a problemática que muitas zonas têm vivido, como a falta de saneamento, usamos a tecnologia de uma estação de tratamento de água. Simplificamos e fizemos um dispositivo que consegue também fazer a filtração da água, transformando a água não potável em água potável. Este mesmo dispositivo remove de 97% a 98% dos agentes patogénicos causadores de doenças”, explica a engenheira.
O projeto teve início na província do Bengo, uma das regiões onde a população mais sobre com a falta de água potável.
“Criamos um plano de implementação do projeto e selecionamos a província do Bengo para a primeira fase. Fizemos várias pesquisas para poder ver e perceber como o povo tem vivido”, conta Yonara Tchissola.
“Ações como esta são fundamentais para que possamos ajudar mais pessoas, visto que às vezes distribuímos os filtros apenas para algumas famílias, deixando outras de parte, pela pouca capacidade de produção que ainda temos”, diz a engenheira.
Os cinco cientistas de Luanda esperam agora chamar atenção de outros órgãos ou empresas, que também estejam dispostos a mudar o cenário e garantir melhores condições de vida à população angolana.
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